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Temer usa brechas para conseguir primeira vitória na votação de denúncia

A base aliada conseguiu maioria na Comissão de Constituição e Justiça, mas para isso teve de convencer partidos a trocar pelo menos 10 deputados.



Depois de uma maratona de três dias de discussões, a maioria dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça votou em favor do presidente Michel Temer para arquivar a denúncia de corrupção contra o presidente. Foram 40 votos a 25.
O resultado, contudo, é meramente simbólico e palavra final é do plenário, onde os 513 deputados podem votar.
Para vencer, Temer teve de jogar com o regulamento embaixo do braço e fazer manobras para, de última hora, conseguir trocar pelo menos 10 dos 66 deputados da Comissão.
Essa manobra, vale dizer, é permitida pelo regimento interno da Câmara, mas mostra o empenho do governo de conseguir uma espécie de resultado "artificial".
Ao longo dos dias de discussão, a oposição afinou o seguinte discurso: o governo pode até trocar os deputados na CCJ, mas isso é irrelevante porque todos votarão no plenário.

A decisão final só deverá acontecer em agosto. Se a Câmara autorizar o prosseguimento do processo, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal vão analisar o pedido de abertura de ação penal da Procuradoria-Geral da República.

Se o STF abrir a ação, Temer é automaticamente afastado por 180 dias. Daí a importância para o governo de matar a discussão logo na Câmara.
Temer foi acusado pela PGR de receber R$ 500 mil de propina da JBS, no já consagrado episódio no qual um ex-assessor do presidente foi filmado com uma mala de propina. Ele nega.
O relatório inicial foi do deputado Sergio Zveiter. Apesar de ser do mesmo partido de Temer, ele votou contra o presidente.
Foi escolhido o deputado Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas Gerais, para fazer o relatório final, pró-Temer. Curiosamente, a maioria dos tucanos da CCJ votaram contra o presidente.

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