Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do tríplex, divulgaram uma nota agora à tarde afirmando vão recorrer da decisão e com críticas ao juiz Sergio Moro.
"Nós provaremos a inocência de Lula em todas as cortes não tendenciosas, incluindo as Nações Unidas", afirmaram os advogados.
"Por mais de três anos, Lula tem sido objeto de uma investigação politicamente motivada. Nenhuma evidência crível de culpa foi produzida, enquanto provas esmagadoras de sua inocência são descaradamente ignoradas", escreveram os advogados, que disseram que o processo foi "um enorme desperdício de dinheiro dos contribuintes".
Os advogados se referem diretamente ao juiz, que, na sentença de hoje afirmou que, orientado por sua defesa, Lula fez declarações e ações para intimidar investigadores, testemunhas e o próprio Moro.
"O juiz Moro deixou seu viés e sua motivação política claros desde o início até o fim deste processo. Seu julgamento envergonhou o Brasil ao ignorar evidências esmagadoras de inocência e sucumbir a um viés político, ao mesmo tempo em que dirige violações contínuas dos direitos humanos básicos e do processo legal."
Os advogados afirmaram que Lula colaborou com as investigações, "deixando claro para o juiz Moro que o local para resolver disputas políticas são as urnas, não as cortes de justiça".
Eles também escreveram que "a investigação teve um impacto enorme na família de Lula, sem deixar de mencionar sua esposa Marisa Letícia, que morreu tragicamente este ano".
A nota foi publicada na página oficial de Lula no Facebook.
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